Junte meia duzia de jovens transbordando em hormônios e os leve para uma cabana afastada no meio da floresta, o que acontece? Todos ou, quase todos, morrem, claro. A diferença está no método, que pode ser à lá The Evil Dead ou à moda Jason, em Sexta-feira 13. Não importa a receita, desde que o prato seja regado com bastante molho, digo, sangue. Em O Segredo da Cabana o roteiro buscou algo bem original, que acaba aguçando muito o paladar do cinéfilo. Não vou revelar para não estragar a posterior degustação do leitor. A questão é que ficamos nos perguntando: quero ver onde essa ideia vai dar. O filme soa mais engraçado do que assustador, o que não deixa de ser uma frustração. No fim é apenas uma obra ousada que assusta pouco. No fundo prefiro os filmes simples e simplistas de antigamente que me incomodavam durante as noites de sono.
O Segredo da Cabana é uma homenagem dos seus realizadores ao gênero horror, vide a inúmeras citações que o filme coloca. Mas assim como uma tese acadêmica ou aquele chata monografia de final de curso, é bem cansativo ficar contemplando um festival de citações sem algo realmente novo a dizer. Boa parte dos espectadores vão até se divertir, mas o longa será facilmente esquecido daqui seis meses. A tentativa de Hollywood é válida, mas se quiser mesmo se angustiar e assustar, melhor pesquisar no Google - cinema de horror na Europa.
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