Um lugar solitário para morrer
Um grupo de alpinistas encontra uma criança presa em uma pequena câmara enterrada no meio da floresta. Apenas um cano, utilizado como duto para passagem do ar, serve como contato da menina com o resto do mundo. Liberta, os alpinista são perseguidos pelos sequestradores, que a querem de volta.
O longa começa arrebatador mostrando o quão perigoso e desafiante é escalar uma montanha. O belo cartão de visita fica ainda mais saboroso ao perceber algumas leves semelhanças com o sensacional Abismo do Medo, explorando as relações das personagens e os riscos em que a equipe se propõe. Rapidamente a menina sequestrada é liberta e o filme passa a impor um ritmo angustiante. Na melhor e mais assustadora cena de Um lugar solitário para morrer, o roteiro esclarece ao espectador que há mais gente naquelas montanhas e que eles são perigosos. É um susto daqueles de abrir a boca e dizer: Não pode ser...
O longa passa a funcionar no esquema gato caçando o rato. O problema é que as montanhas acabam ficando em segundo plano, não sendo utilizadas como desafio, tanto para os perseguidores quanto aos perseguidos, e algo produtivo para narrativa. Se em Abismo do Medo sair da caverna é a meta fundamental, no filme as montanhas não chegam imprimir o mesmo receio. Descer uma montanha tendo todo o tempo e analisando todas as questões de segurança é bem diferente que fugindo de sequestradores armados. Faltou isso.
No ato final, a coisa se perde de vez, quando o enredo conclui a trama fora da montanha. Poxa, se é um filme sobre escalada, com alpinistas, tem que ser contextualizado, se possível, dentro do cenário deles, as montanhas. E, se a produção chama-se Um lugar solitário para morrer, a protagonista devia então morrer. O final ainda mistura questões políticas da antiga Iugoslávia, que não acrescentam nada a trama. No fundo, dá vontade de deixar os realizadores morrerem numa montanha só para ver se aprendem.
Um lugar solitário para morrer (A Lonely Place to Die - 2011)
Direção: Julian Gilbey
http://www.imdb.com/title/tt1422136/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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O longa começa arrebatador mostrando o quão perigoso e desafiante é escalar uma montanha. O belo cartão de visita fica ainda mais saboroso ao perceber algumas leves semelhanças com o sensacional Abismo do Medo, explorando as relações das personagens e os riscos em que a equipe se propõe. Rapidamente a menina sequestrada é liberta e o filme passa a impor um ritmo angustiante. Na melhor e mais assustadora cena de Um lugar solitário para morrer, o roteiro esclarece ao espectador que há mais gente naquelas montanhas e que eles são perigosos. É um susto daqueles de abrir a boca e dizer: Não pode ser...
O longa passa a funcionar no esquema gato caçando o rato. O problema é que as montanhas acabam ficando em segundo plano, não sendo utilizadas como desafio, tanto para os perseguidores quanto aos perseguidos, e algo produtivo para narrativa. Se em Abismo do Medo sair da caverna é a meta fundamental, no filme as montanhas não chegam imprimir o mesmo receio. Descer uma montanha tendo todo o tempo e analisando todas as questões de segurança é bem diferente que fugindo de sequestradores armados. Faltou isso.
No ato final, a coisa se perde de vez, quando o enredo conclui a trama fora da montanha. Poxa, se é um filme sobre escalada, com alpinistas, tem que ser contextualizado, se possível, dentro do cenário deles, as montanhas. E, se a produção chama-se Um lugar solitário para morrer, a protagonista devia então morrer. O final ainda mistura questões políticas da antiga Iugoslávia, que não acrescentam nada a trama. No fundo, dá vontade de deixar os realizadores morrerem numa montanha só para ver se aprendem.
Um lugar solitário para morrer (A Lonely Place to Die - 2011)
Direção: Julian Gilbey
http://www.imdb.com/title/tt1422136/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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vc esqueceu de falar que praticamente todos morrem! é angustiante, não tem nada de interessante nesse filme, e, pode ser burrice minha, sei lá, mas eu nao entendi o final.. afinal o pai da menina sequestrada ficou achando q ela tinha morrido? e a menina então ficou com a moça protagonista?
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ResponderExcluirUma coisa que adorei foi a música que tem no inicio e no final, não sei se é a mesma, mas desde que assiti procuro a trilha do filme mas não encontrei, pode me dá uma dica ou o nome de quem canta. Obrigado. welartes@gmail.com tenha um ótimo dia.
ResponderExcluirAchei links para vc escutar trechos da trilha sonora. Depois tente achar a trilha para baixar na web. Abraços,
Excluirhttp://musicbox.sapo.pt/album/a-lonely-place-to-die-original-motion-picture-soundtrack-137561
http://www.amazon.com/Lonely-Original-Motion-Picture-Soundtrack/dp/B005NGCSNS
filme horrível só sobrevive a menina e a mulher morre até quem não merecia morreu cerca de 10 pessoas para salvar uma
ResponderExcluirGostei do filme, acho que só faltou mostrar no final o pai da menina reencontrando ela, e falando o que aconteceu depois com a única sobrevivente. O máximo desse filme é que ele mostra que nem tudo tem sempre seu final feliz, o que teria acontecido se todos tivessem sobrevivido.
ResponderExcluirA ideia era não ter final feliz. Você tá numa montanha, com supostos criminosos e você acha mesmo que você vai sair bem disso? Não vai. Lugar errado na hora errada. O filme é basicamente sobre isso.
ExcluirO final feliz é uma necessidade do cinemão de Hollywood, pois o sujeito paga ingresso e quer sair do cinema melhor do que entrou. Ele não quer voltar pra casa deprimido. Por isso gostamos do finais felizes. O filme tinha um ótimo potencial, mas acabou escorregando um pouco, aí já viu, numa ironia metafórica, escorregou na montanha, não tem como sobreviver.
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ResponderExcluirMe parece que o filme se passa na Escócia embora a mistura de escoceses e europeus orientais (Iugoslávia?). O filme não tem os padrões hollywoodianos o que é bom e, às vezes, ruim. O roteiro é irregular no final e, inclusive, mal concluído com o espectador sem saber se a menina foi encontrada pelo pai que se preocupa mais em usar os "instrumentos" de tortura no sequestrador. Mas é um bom filme e a sequência da festa no povoado nos faz perguntar que tipo de celebração escocesa(?) pagã ou bárbara é aquela e da qual se aproveita o diretor para criar o clímax do filme.
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O filme começou bom, ficou ótimo, passou a ser muito bom e, de repente, caiu num abismo sem fim. O final foi uma droga, confuso e meio sem propósito. O pai não é flor que se cheire e parece ser pior que os sequestradores. Os heróis, vão tombando ao longo do filme.
ResponderExcluirQue fim teve quem sobreviveu? Não sei.
Pegaram uma excelente ideia, mastigaram e nos entregaram assim, mastigada.
Nunca ri tanto com todos os comentários. Obrigado a todos e ao blog.
ResponderExcluirQue isso, por nada. O importante é ler. Gostar ou não é mero detalhe. Debater é que vale a pena. Abração.
ExcluirO final ficou muito confuso. O pai não queria a Anna? Pelo que entendi, aquele agente dele viu a menina bem e amada pela "protagonista", avisou ao pai e ele a deixou com ela... Será isso ou viajei muito?
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