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Regression


Regression faz uma pergunta interessante: Onde o diabo se esconde? Após ver o filme, um suspense mediando, a resposta é óbvia e amarga, mas é o que realça o sabor da produção. Você pode procurar o diabo com técnicas policiais e até regressão psicológica, mas ele está sempre bem escondido no local onde temos mais medo de achá-lo: dentro de cada um de nós.

Eu sou um admirador do trabalho de Alejandro Amenábar (Os Outros e Mar Adentro), mas que andava sumido desde seu último trabalho no bom Alexandria, de 2009. Regression soa como a primeira temporada de True Detective, com pitadas de Possuídos, mas no fundo querendo ser algo meio Seven. Falta personalidade para o filme, que acaba tropeçando nos clichês do gênero e explora de maneira superficial a fixação que temos pelo sombrio senhor do inferno.

Os dois protagonistas, interpretados por Emma Watson e Ethan Hawke, são notórios bons atores, mas que aqui apenas entregam o que lhes é solicitado. A pobreza do roteiro acaba deixando Watson em situação delicada, afinal, sua personagem é fundamental pra conclusão da trama, mas o resultado não é tão bom quanto poderia.

Regression é uma boa ideia, mas que carecia de mais esmero. Talvez por ser baseado em fatos reais, não havia tanta liberdade para florear. Amenábar conta um causo interessante, mas não dá a entonação devida para os momentos que merecem. Eu e você podemos contar uma mesma história, e uma delas ser mais interessante que a outra. Uma pena que Amenábar não conseguiu a devida atenção para essa história. Mas aposto que isso foi artimanha do capeta, que não gosta de tamanha visibilidade.



Regression (2015)
Direção: Alejandro Amenábar
http://www.imdb.com/title/tt3319920/


  Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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