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Stranger Things - 1ª Temporada


Ao ver Stranger Things me senti velho. Eu estava lá, na década de 1980. As nostálgicas e inúmeras referências oitentistas/setentistas da série de suspense/terror da Netflix me fizeram sorrir diversas vezes, mas também trouxe uma leve tristeza: como foi legal aquela época e como anda um tanto chato atualmente. A série usa essa ornamentação retrô apenas para emoldurar um quadro muito mais vistoso e complexo que é a instigante trama de realidades paralelas, monstros de outra dimensão, pessoas com superpoderes e conspirações governamentais. Muitos tentaram caminhar nesse pântano sombrio da temática multidimensional\realidade paralela e, se não me engano, mais de 90% se deram mal, com exceção ao cult Donnie Darko.

 É lindo todo ar oitentista da série, o que vale palmas de pé a equipe de designer de produção, mas é preciso ir além disso. Os irmãos e criadores da série  Matt e Ross Duffer já tinham despertado minha curiosidade no inusitado Hidden e comprovam aqui que possuem cabeças bem "fora da casinha" e sabem temperar um bom suspense e explorar com propriedade as nunces das personagens. Com um esqueleto narrativo bem estruturado e bem dirigido, a série tem a competência de escolher um ótimo elenco, o que catapulta a série para, literalmente, outra dimensão. 


Amigos são assim. Precisando, Conta Comigo (1986)
O quarteto (quinteto) Mike, Lucas, Dustin, Eleven (e Will) são ótimos e, como protagonistas, nos laçam nessa aventura com cara de Conta Comigo (1986) e Os Goonies (1985), mas que caminham para um lado sombrio ao estilo de O Enigma de Outro Mundo (1982), cujo poster do filme está colado no porão/esconderijo dos garotos. Mas quem "rouba" a cena [eita famigerado trocadilho] é a minha atriz, ex-ladra nas horas vagas e forever esquisita Winona Ryder (Os Fantasmas se Divertem, 1988). Ela está exuberante e faz uma mãe desesperada à procura do filho, cuja atuação transita entre a loucura e a paixão. Fico muito feliz de vê-la retomando a carreira, afinal, é uma grande atriz que foi massacrada por erros que cometeu pela vida. Dada a chance, ela voltou por cima na série mais cult e comentada do momento. [Informação inútil: gosto a tanto tempo de Winona Ryder que meu violão, leva o nome dela, Winona - voltemos agora a dimensão da resenha].


Ambas querem encontrar o caminho de casa...

Em busca do tesouro de William Caolho e encontrar o portal para o Mundo Invertido
Ao fim da temporada Stranger Things dá pistas que há muito mais a explorar e que o caminho a ser seguido na próxima passa por waffles. Agora vamos ver como irmãos Duffer passam pelo duro e derradeiro teste da segunda temporada. Espero que eles tenham ajuda da garotinha Scanner (1981), Eleven/Onze.

Qual a mensagem? Decifre.

Stranger Things (2016)
Criação: Duffer Brothers
http://www.imdb.com/title/tt4574334/

  Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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REFERÊNCIAS STRANGER THINGS

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