Star Wars: O Despertar da Força
Após 38 anos de Star Wars - Uma Nova Esperança e 10 anos do último capítulo Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith a força da maior franquia da história do cinema desperta, novamente. Apesar dos mais críticos acharem que é uma cópia bem polida do filme de 1977, e é verdade, Star Wars: O Despertar da Força não só é mais belo por conta dos aparatos mais modernos da computação gráfica atual, mas também por ter um roteiro e adotar um ritmo espetaculares. Mas a quinta estrela vem mesmo pela sensibilidade, seja no ótimo "time" cômico de BB-8, as excelentes participações de Han Solo e a General (Princesa) Leia e o grande segredo do sucesso do filme, a relação entre Rey e Finn.
J. J. Abrams apresenta aqui o seu melhor trabalho, mas é preciso ressaltar como o olhar da Disney na produção transformou a badalada franquia em uma agradável e palatável aventura bem atualizada para o século XXI. George Lucas escorregou na trilogia biográfica de Anakin Skywalker, episódios I, II e III (1999 à 2005) ao não atualizar a narrativa para o seu tempo. Desse modo alguns trechos dos filmes soaram um tanto arrastados e cheios de diálogos sobre política. A Disney, como ninguém nesse planeta, sabe produzir e embrulhar um produto para presente. E se tem mulecada no meio, aí eles são imbatíveis. O filme agrada quem nunca viu Star Wars, homenageia os filmes anteriores agradando os fãs mais ortodoxos, e traça uma nova jornada na guerra entre os jedis e o lado negro da força.
Tudo começa bem, quando o roteiro vai bem. Bastou ver o nome de Lawrence Kasdan na equipe de roteiristas e eu já sabia que a coisa tinha tudo pra dar certo. Clique no nome, veja a filmografia e eu não preciso explicar mais nada. A história é deliciosa, com boas sequências de ação, boas piadas, tensão e até pode levar ao choro. Meu grande receio nessas produções gigantescas é que o filme encha os olhos, mas tenha pouco ou quase nenhuma alma. Felizmente, graças a São Yoda, o longa desperta muito mais que a força dentro de nós.
Vale nota a escolha excepcional do elenco, sobretudo Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega), Kylo Ren (Adam Driver) e Poe Dameron (Oscar Isaac). Não sei até onde J. J. Abrams teve autonomia para decidir quem faria parte da estrutura principal do elenco, mas essa grata escolha, novamente parece ter o dedo da Disney. Quem ficou apagadinha na história foi a Capitã Phasma (Gwendoline Christie), que acredito terá maior relevância nos próximos episódios.
Star Wars: O Despertar da Força é um filme competente e que proporciona mais que apenas um novo ponta pé na franquia. A família Skywalker estará em tumulto nos próximos episódio VIII (2017) e IX (2019) e estaremos ávidos para saber como essa nova saga vai terminar. Mas antes teremos episódios pontuais, contando histórias antigas em Rogue One: A Star Wars Story (2016) e um longa para tentar decifrar quem era mesmo Han Solo (2018). Ufa é muita coisa, não. Que a força esteja conosco até 2019.
Star Wars: O Despertar da Força (2015)
Direção: J. J. Abrams
http://www.imdb.com/title/tt2488496/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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