Admission
Admission reúne dois dos melhores atores de comédia da atualidade, Tina Fey e Paul Rudd e se dá ao luxo de não nos fazer rir, mas pensar sobre o modo como o mundo tenta nos rotular. Essa interessante dramédia utiliza o modelo de avaliação e admissão de jovens para universitárias americanas para discutir a importância das escolhas e se de fato, nós escolhemos ou sempre somos escolhidos.
Tina Fey interpreta uma funcionária de Princeton (Portia Nathan) que avalia milhares de candidatos para entrar na universidade. Ela é a personificação do vestibular brasileiro. Ela avalia se o estudante é bom o bastante para se encaixar no modelo da universidade. Rígida e pragmática, ela não se ressente de negar milhares de pedidos, afinal, ela precisa defender a imagem criada de Princeton. Tudo isso muda quando um dos estudantes, possivelmente, é seu filho, que ela entregou para adoção anos atrás.
O filme tem lá os seus gracejos e a química de Fey e Rudd funciona muito bem. O que eleva Admission um degrau acima é a sutileza de discutir um pedaço importante da sociedade americana, de quem entra ou não na universidade e tem maiores chances de perseguir o tal sonho americano. A cena em que Tina Fey defende com unhas e dentes o acesso do seu possível filho à universidade é formidável. Melhor é a constatação da personagem mais tarde, em mea culpa, que avalia negativamente jovens que são muito melhores do que ela quando tinha a mesma idade.
Admission é sensível e sútil e merece ser conferido. Como a conclusão do filme mostra bem, é melhor escolher do que ser escolhido. E escolhendo, bem ou mal, é importante estar preparado para as consequências dessas decisões.
Admission (2013)
Direção: Paul Weitz
http://www.imdb.com/title/tt1814621/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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Tina Fey interpreta uma funcionária de Princeton (Portia Nathan) que avalia milhares de candidatos para entrar na universidade. Ela é a personificação do vestibular brasileiro. Ela avalia se o estudante é bom o bastante para se encaixar no modelo da universidade. Rígida e pragmática, ela não se ressente de negar milhares de pedidos, afinal, ela precisa defender a imagem criada de Princeton. Tudo isso muda quando um dos estudantes, possivelmente, é seu filho, que ela entregou para adoção anos atrás.
O filme tem lá os seus gracejos e a química de Fey e Rudd funciona muito bem. O que eleva Admission um degrau acima é a sutileza de discutir um pedaço importante da sociedade americana, de quem entra ou não na universidade e tem maiores chances de perseguir o tal sonho americano. A cena em que Tina Fey defende com unhas e dentes o acesso do seu possível filho à universidade é formidável. Melhor é a constatação da personagem mais tarde, em mea culpa, que avalia negativamente jovens que são muito melhores do que ela quando tinha a mesma idade.
Admission é sensível e sútil e merece ser conferido. Como a conclusão do filme mostra bem, é melhor escolher do que ser escolhido. E escolhendo, bem ou mal, é importante estar preparado para as consequências dessas decisões.
Admission (2013)
Direção: Paul Weitz
http://www.imdb.com/title/tt1814621/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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