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White God

White God deveria ser tratado como uma obra prima. O cão Hagen deveria levar o Oscar canino. Mas, infelizmente, pouca gente vai ter o privilégio de assistir esse maravilhoso experimento cinematográfico em que temos um drama de vingança duro, árido, que por vezes flerta com o horror, em que um cachorro é o protagonista.

Já na cena inicial temos uma matilha de cães raivosos correndo atrás de uma criança em sua bicicleta. Lindo o poster do filme, não? E ai, o que vai acontecer com a criança? O longa volta ao passado e conta a saga do cão Hagen para rever sua dona Lili. White God é belo, tocante e nos faz refletir sobre o nosso poder sobre os outros seres desse planetinha. White God, traduzindo Deus Branco, diz sobre o nosso papel de divindade, seres humanos e seres supremos, como assim deve entender os cães. Eles nos idolatram e nem sempre a recíproca é verdadeira. Hagen sente toda a beleza e fúria desses deuses, mas resolve se rebelar. 


O que leva um cão dócil chegar nesse ponto? Causa e consequência. 

É impossível ver White God é não se lembrar de Cão Branco, obra prima de Samuel Fuller, em que temos um conflito parecido entre um cão branco treinado para atacar pessoas negras. O longa ainda tem uma citação clássica ao conto O Flautista de Hamelin. O longa é uma das obras mais instigantes da temporada e merece ser apreciada. Se você não o fizer mandarei Hagen te encontrar. É bom ficar de olho no cinema húngaro.



White God (2014)
Direção: Kornél Mundruczó
http://www.imdb.com/title/tt2844798/

  Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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