Invocação do Mal 2

James Wan (Sobrenatural), gradativamente, vem se tornando o maior e melhor realizador do gênero de terror do cinema da atualidade. Curioso é que em suas duas mais contundentes obras, Invocação do Mal 1 e 2, ele se apoia no importante é valoroso cinema de horror da década de 1970. Aqui, em seu segundo capítulo sobre o casal de demonologistas Ed e Lorrainey Warren, James Wan entrega o mesmo nível de espanto e medo já vistos no capítulo passado, contudo dá uma roupagem ainda melhor ao filme. Mas o que arrebata mesmo, e vai me incomodar por algumas noites, é o visual do demônio travestido de freira. Quem convidou Marilyn Manson pra esse filme, ora bolas!

Ambientado na década de 1970 o longa em sua primeira cena já caminha em direção ao caso mais famoso do casal Warren, em Amityville. Sobre ele já foram feitos inúmeros filmes e séries. Mas é uma passagem breve que serve para nos apresentar o vilão, o demônio vestido de hábito. Segue-se então para outro caso importante da dupla, de uma família assombrada em Enfield, na Inglaterra. Seguindo a mesma receita do longa anterior, é um festival de sustos e gritos na platéia do cinema. A direção de Wan é hábil em criar a ambientação propícia para potencializar ao máximo a sensação do medo. É delicioso ver um filme de horror em que ninguém morre e ainda assim você sai se borrando do cinema. Wan consegue aqui até tirar boas risadas em momentos sutis e uma canção do Elvis nos embala no momento mais bonito e dramático do filme.

Assim como no anterior a resolução final não é das mais geniais, pois contra o demônio só há um caminho, a fé. Portanto, não dá pra cobrar uma conclusão mais inventiva. Ainda que seja um ótimo filme é por meros detalhes que a bilogia Invocação do Mal está na prateleira debaixo, pois acima, na fila das obras primas estão O Exorcista, Poltergeist, A Bruxa de Blair. Note que o filme faz pequenas e tocantes referências a esses filmes clássicos do horror. Ainda assim, vá lá, até o demônio ama Invocação do Mal.