A única coisa que presta nessa estranha cinebiografia sobre o antológico guitarrista Jimi Hendrix é a semelhança física de André Benjamin (vocalista da banda de hiphop Outkast) que interpreta o cara. Nem a atuação dele é lá essas coisas. De resto é uma confusão que conta um bocado de causos do começo da carreira de Hendrix, dos pequenos shows nos EUA, a ida e ascensão em Londres até a famosa apresentação no festival de Monterey. Ops, esse último só é sugerido e não aparece. Dirigido por John Ridley, mais famoso pelo roteiro de 12 Anos de Escravidão, o filme não consegue mostrar a alma do protagonista. Você passa o longa todo sem perceber de onde vem a genialidade de Jimi Hendrix. Em Ray, mesmo com suas falhas, conseguimos captar a essência genial e temperamental de Ray Charles. O recente James Brown também consegue algo na linha, ainda que menor. Jimi: Tudo a Meu Favor, infelizmente, tem tudo contra o próprio Jimi Hendrix.
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