Oscar 2008 - Depois dos prêmios

O grande vencedor da noite foi Onde os Fracos Não Têm Vez, levando as estatuetas de Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante (Javier Barden). Indiscutivelmente, o longa dos irmãos Coen é excelente e reflete a atual aridez, brutalidade e pobreza da alma humana. Assisti-lo é obrigatório, entendê-lo é algo bem mais difícil. As obras, quase sempre primas, dos irmãos Coen são difíceis de apreciar, e por vezes têm lá um gosto um tanto amargo. Alheios ao frisson da premiação os irmãos apenas agradeceram por continuarem brincando de fazer filmes no cantinho da caixa de areia do enorme playground que é a industria cinematográfica americana.
A surpresa pouco comentada da noite foi a vitória de O Ultimato Bourne, terceiro filme da Trilogia Bourne, que ganhou as três estatuetas a qual concorria, Melhor Montagem, Edição de Som e Mixagem de Som, ficando apenas atrás de Onde os Fracos Não Têm Vez no número de premiações. Outra boa surpresa foi a hegemonia européia na premiação de atores. O Melhor Ator, Daniel Day Lewis e a melhor atriz, Tilda Swinton, são ingleses. O Melhor Ator Coadjuvante, Javier Bardem, é espanhol. E a Melhor Atriz Coadjuvante, Marion Cotillard, é francesa. Lembrando que no ano anterior o México se destacou através do filme O Labirinto do Fauno, de Guilhermo Del Touro. A globalização parece ter chegado de vez a Hollywood.
Passe na locadora e confira Ratatoiule, vencedor do Oscar de Melhor Animação, e no meu entendimento, o melhor filme do ano de 2007. Outro Oscarizavel já em DVD é O Ultimato Bourne. Neste caso, os três são obrigatórios.
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