O Presente
O Presente, filme de estreia do diretor, roteirista e ator Joel Edgerton, é uma dádiva. Ele me remeteu aos bons filmes de suspense da década de 1990 como Olho por Olho, Tempo de Matar, Os Suspeitos e Seven. Mas a diferença é que aqui não há uma gota de sangue derramada e ninguém morre. Ainda assim, é um duro filme de vingança em que o espectador se segura na cadeira e pensa: Esse cara vai pegar ela!!! Mas as surpresas são tão boas e pouco previsíveis que fiquei salivando e dizem: Eita filme bão viu.
O longa é sutil ao brincar com as expectativas do espectador e transformar um roteiro clássico de vingança pós-bullying em algo novo, com um frescor simples, mas ao mesmo tempo inusitado. Você acha que o mocinho é um e o bandido é outro. Depois isso já não fica muito claro e, na verdade, é o contrário. Esse jogo enche o espectador de angústia e deixa o filme muito saboroso.
O Presente é um achado em meio as produções rasas recentes do gênero de suspense. Claro que não vou revelar o que é o tal presente, mas é bem bacana como o roteiro trabalha esse elemento. Jason Bateman está ótimo e a cada nova produção começa mostrar mais seu potencial, que vai muito além da comédia. Quem arrebenta é Rebecca Hall, cujo olhar desconfiado é delicioso. Joel Edgerton, além de escrever e dirigir, faz o herói. Ou seria o bandido? Não sei. Essa ambiguidade dá um tempero picante a história. O filme é basicamente sobre esse trio e como o passado de uma pessoa pode mudar tudo o que você sabe sobre ela.
O Presente ratifica o ditado: quem bate esquece, mas quem apanha não. Uma brincadeira de mau gosto ou uma mentira pode perdurar por anos e atingir consequências irreversíveis. Eu pensaria duas vezes antes de sacanear aquele garotinho nerd da escola. Ele pode querer te matar no futuro, ou o mais lógico, ele pode se tornar o seu chefe. O que no fundo, é a mesma coisa.
O Presente (2015)
Direção: Joel Edgerton
http://www.imdb.com/title/tt4178092/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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O longa é sutil ao brincar com as expectativas do espectador e transformar um roteiro clássico de vingança pós-bullying em algo novo, com um frescor simples, mas ao mesmo tempo inusitado. Você acha que o mocinho é um e o bandido é outro. Depois isso já não fica muito claro e, na verdade, é o contrário. Esse jogo enche o espectador de angústia e deixa o filme muito saboroso.
O Presente é um achado em meio as produções rasas recentes do gênero de suspense. Claro que não vou revelar o que é o tal presente, mas é bem bacana como o roteiro trabalha esse elemento. Jason Bateman está ótimo e a cada nova produção começa mostrar mais seu potencial, que vai muito além da comédia. Quem arrebenta é Rebecca Hall, cujo olhar desconfiado é delicioso. Joel Edgerton, além de escrever e dirigir, faz o herói. Ou seria o bandido? Não sei. Essa ambiguidade dá um tempero picante a história. O filme é basicamente sobre esse trio e como o passado de uma pessoa pode mudar tudo o que você sabe sobre ela.
O Presente ratifica o ditado: quem bate esquece, mas quem apanha não. Uma brincadeira de mau gosto ou uma mentira pode perdurar por anos e atingir consequências irreversíveis. Eu pensaria duas vezes antes de sacanear aquele garotinho nerd da escola. Ele pode querer te matar no futuro, ou o mais lógico, ele pode se tornar o seu chefe. O que no fundo, é a mesma coisa.
O Presente (2015)
Direção: Joel Edgerton
http://www.imdb.com/title/tt4178092/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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