Falece o Mestre Ingmar Bergman

Nascido no dia 14 de julho de 1918 em Uppsala, ao norte de Estocolmo, Bergman morreu em casa, na localidade de Farö, onde morava.O local do velório e do enterro ainda não foi definido. O funeral deve ser aberto apenas a parentes e amigos.
Em sua longa cinematografia (que ultrapassa os 50 filmes), Bergman foi mestre em levar às telas temas existencialistas. Ao todo, ganhou sete prêmios no Festival de Cannes e dois no de Berlim. Entre seus longas estão os célebres "Morangos Silvestres" (1957), "O Sétimo Selo" (1957), "Gritos e Sussurros" (1972), "A Flauta Mágica" (1975), "O Ovo da Serpente" (1978) e "Fanny e Alexander" (1982).
Seu último filme como diretor foi "Saraband", rodado inicialmente para a TV. O longa, estrelado por Erland Josephson e Liv Ullman, retoma os personagens de "Cenas de um Casamento" (1973).Bergman era também dramaturgo. Sobre as duas artes, afirmou: "O teatro é o começo, o fim, é tudo, enquanto o cinema pertence ao âmbito da prostituição".
Fonte: Folha Online
Os filmes de Bergman nunca foram fáceis de assistir, seja pela complexidade temática ou mesmo pela pujança da mensagem/crítica no espectador. Embora nossa existência nesse planeta seja relativamente breve, a obra de Bergman felizmente sobreviverá por longos anos. Ainda há inúmeras cenas de sua vasta obra a decifrar. Cada vez que revejo um dos seus filmes aprendo algo diferente. Para compreender Bergman é preciso vivenciar experiências, viver, refletir, e no intervalo de anos, um mesmo filme, como Morangos Silvestres pode nos dizer coisas tão distintas. Por vezes fugi de seus filmes, pois me cutucavam, me alfinetavam dizendo: "Viu, a vida é mais complexa do que você pensa. Não fique aí parado, vamos ao trabalho".
Vá em paz mestre. CineSequencia de luto.
Buaaaá!!!!
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