Amanhã Nunca Mais
O crescimento do cinema nacional vem destacando nomes como Selton Melo, Wagner Moura e Lázaro Ramos. Mas aí já viu, ator bom consegue salvar história ruim? Amanhã Nunca Mais é um excelente teste para essa importante dúvida que assola a humanidade. Com um enredo já refilmado em milhares de adaptações pelo mundo, o longa conta história de um sujeito que tem uma noite do cão, com acontecimentos surreais, e após uma epifania encontra um novo rumo para sua vida. Pronto, o filme acabou, pega a sacolinha da pipoca e coloca na lixeira no fim do corredor a direita. Diante de uma premissa simplista, mas que já funcionou e muitos outros filmes, resta ao espectador saber como essa narrativa vai ser adereçada. Lázaro Ramos se esforça, se dedica, soa a camisa, e mesmo interpretando um médico, não tem como salvar o filme. Lá pela segunda sequencia, já dá para atestar que o longa não tem mais vida. Hora do óbito: 20 minutos após início da exibição.
Perceba como as personagens que cruzam o caminho de Walter (Lázaro Ramos) pouco agregam a narrativa. São apenas empecilhos bobos que fazem o protagonista ficar mais distante do seu objetivo, pegar o bolo. Se isso se transformasse em tensão para espectador, até seria válido, mas não é o que ocorre. Amanhã Nunca Mais soa arrastado e sem carisma. A única coisa que vale são as piadas infames do médico amigo de Walter, interpretado por Milhem Cortaz, que no fundo, é uma versão com jaleco do Capitão Fábio, de Tropa de Elite.
Cinema é uma arte que precisa de muita prática, portanto, tem que fazer, errar, concertar e fazer de novo. Amanhã Nunca Mais está longe de ser um bom filme, mas que revela a cara de um cinema brasileiro querendo encontrar um rumo. É claro que não dá para viver só de comédias previsíveis com suporte de marketing da Globo. É preciso experimentar. Amanhã Nunca Mais é uma experimentação que não deu certo, só isso. Ainda bem que sempre há um amanhã, mas que filmes como esse não apareçam nunca mais.
Amanhã Nunca Mais (2011)
Direção: Tadeu Jungle
http://www.amanhanuncamais.com.br/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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Perceba como as personagens que cruzam o caminho de Walter (Lázaro Ramos) pouco agregam a narrativa. São apenas empecilhos bobos que fazem o protagonista ficar mais distante do seu objetivo, pegar o bolo. Se isso se transformasse em tensão para espectador, até seria válido, mas não é o que ocorre. Amanhã Nunca Mais soa arrastado e sem carisma. A única coisa que vale são as piadas infames do médico amigo de Walter, interpretado por Milhem Cortaz, que no fundo, é uma versão com jaleco do Capitão Fábio, de Tropa de Elite.
Cinema é uma arte que precisa de muita prática, portanto, tem que fazer, errar, concertar e fazer de novo. Amanhã Nunca Mais está longe de ser um bom filme, mas que revela a cara de um cinema brasileiro querendo encontrar um rumo. É claro que não dá para viver só de comédias previsíveis com suporte de marketing da Globo. É preciso experimentar. Amanhã Nunca Mais é uma experimentação que não deu certo, só isso. Ainda bem que sempre há um amanhã, mas que filmes como esse não apareçam nunca mais.
Amanhã Nunca Mais (2011)
Direção: Tadeu Jungle
http://www.amanhanuncamais.com.br/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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