Conflitos Internos
Mais um filmaço da Ásia.
Fica cada dia mais evidente pra quem acompanha o blog o meu fascínio pelo cinema produzido na Ásia. Venho evidenciando o crescimento, em quantidade e qualidade do cinema que está sendo feito por lá. Chega as locadoras o muito bem falado, Conflitos Internos (Infernal Affairs). Com uma tradução farofa do título e uma capa horrorosa que não convida ninguém a assistir, Conflitos Internos tende a sofrer da maldição do limbo da prateleira. A maldição é simples. Você vai a locadora, aquela que você é sócio há quase dez anos, já viu praticamente tudo que tem lá, e um certo dia, por falta de opção aluga Conflitos Internos. Após assistir, fica puto e xinga o cara da locara. - “Que bosta, por que eu num vi esse filme antes”.
O filme é mais um asiático 5 estrelas no CineSequencia. Uma trama policial imersa em complexidade, que discute até aonde podemos medir o que é o bem e o que é mal. Com propriedade e sabedoria budista, citada no filme, essa produção de Hong Kong, dá um show para os recentes filmes policiais produzidos. Desde Fogo Contra Fogo não vejo um filme policial tão inquietante.
Como sempre, as peças dos filmes asiáticos são difíceis de montar ao começo. É compreensivo que fique perdido. Faz parte da tensão. Tratando da dicotomia, “bem e mal”, mas com a sutileza do conhecimento oriental, percebe-se que há ainda muito a se retirar desse tema, mesmo sendo incansavelmente tratado no cinema.
Em Hong Kong, um habilidoso mafioso recruta jovens para se tornarem policiais e serem canais de informação da máfia dentro da polícia. O plano perfeito dos mafiosos não contava que a polícia tinha a mesma idéia, infiltrar policias dentro da máfia. A premissa não é das mais ousadas, mas o tratamento que é feito, deixa o filme delicioso. Até os 30 minutos iniciais do filme, o espectador não sabe quem é o policial infiltrado ou quem é o bandido infiltrado. Este jogo de descobrir é só o tempero para um bem elaborado filme.
Agora vem a bomba, o filme é tão bom e tão bem visto pela crítica, que Martin Scorcese, ele mesmo, já está filmando o remake do filme, intitulado The Departed. Falou em máfia, policiais corruptos, jogo sujo, violência, logo vem Martin Scorcese na cabeça. Agora resta a dúvida, será que Scorcese vai conseguir melhorar o que é praticamente perfeito? Respeito Scorcese e ainda o amo, mas Depois de Gangues de Nova York e O Aviador, sei não viu.
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
Fica cada dia mais evidente pra quem acompanha o blog o meu fascínio pelo cinema produzido na Ásia. Venho evidenciando o crescimento, em quantidade e qualidade do cinema que está sendo feito por lá. Chega as locadoras o muito bem falado, Conflitos Internos (Infernal Affairs). Com uma tradução farofa do título e uma capa horrorosa que não convida ninguém a assistir, Conflitos Internos tende a sofrer da maldição do limbo da prateleira. A maldição é simples. Você vai a locadora, aquela que você é sócio há quase dez anos, já viu praticamente tudo que tem lá, e um certo dia, por falta de opção aluga Conflitos Internos. Após assistir, fica puto e xinga o cara da locara. - “Que bosta, por que eu num vi esse filme antes”.
O filme é mais um asiático 5 estrelas no CineSequencia. Uma trama policial imersa em complexidade, que discute até aonde podemos medir o que é o bem e o que é mal. Com propriedade e sabedoria budista, citada no filme, essa produção de Hong Kong, dá um show para os recentes filmes policiais produzidos. Desde Fogo Contra Fogo não vejo um filme policial tão inquietante.
Como sempre, as peças dos filmes asiáticos são difíceis de montar ao começo. É compreensivo que fique perdido. Faz parte da tensão. Tratando da dicotomia, “bem e mal”, mas com a sutileza do conhecimento oriental, percebe-se que há ainda muito a se retirar desse tema, mesmo sendo incansavelmente tratado no cinema.
Em Hong Kong, um habilidoso mafioso recruta jovens para se tornarem policiais e serem canais de informação da máfia dentro da polícia. O plano perfeito dos mafiosos não contava que a polícia tinha a mesma idéia, infiltrar policias dentro da máfia. A premissa não é das mais ousadas, mas o tratamento que é feito, deixa o filme delicioso. Até os 30 minutos iniciais do filme, o espectador não sabe quem é o policial infiltrado ou quem é o bandido infiltrado. Este jogo de descobrir é só o tempero para um bem elaborado filme.
Agora vem a bomba, o filme é tão bom e tão bem visto pela crítica, que Martin Scorcese, ele mesmo, já está filmando o remake do filme, intitulado The Departed. Falou em máfia, policiais corruptos, jogo sujo, violência, logo vem Martin Scorcese na cabeça. Agora resta a dúvida, será que Scorcese vai conseguir melhorar o que é praticamente perfeito? Respeito Scorcese e ainda o amo, mas Depois de Gangues de Nova York e O Aviador, sei não viu.
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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