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Cassia Eller

A trajetória do ciclone Cássia Eller, certamente merecia um bom documentário. Muito mais que uma cantora arrasadoramente louca, essa mulher "cabra macho" mudou mais que a música brasileira. Até depois de morta sua postura mudou a maneira como a lei passou a enxergar a relação homoafetiva. Mas ela era tímida e não queria nada disso tudo, apenas, cantar. Puta que o Pariu, como diria a desbocada Cássia, canta pra caralho essa mulé, porra.

Dirigido por Paulo Henrique Fontenelle (Loki - Arnaldo Baptista) o longa não é dos mais elegantes esteticamente, mas a alma de Cássia é bem explorada por meio dos depoimentos dos amigos e o material de arquivo sobre a carreira da cantora. Há momentos ótimos como o depoimento do filho Chicão, já adolescente, e com os mesmo trejeitos da timidez de Cássia. Tem o parceiro musical, Nando Reis, emotivo ao lembrar da amiga. Entretanto, o momento mais Cassia Killer foi dito por sua companheira de anos, Maria Eugênia, ao conhecer a cantora pela primeira vez após um show: "Você fez arrepiar o cabelo do meu cu." Isso sim é Cássia Eller.

Tive o prazer de acompanhar essa formidável cantora desde o começo e vi o crescimento musical dessa "Diva Ogra" da música popular brasileira, que passeava entre Ataulfo Alves, Edith Piaf, Nirvana, Chico Science e Chico Buarque. Cássia entendia o que de fato é a música do Brasil. É tudo ao mesmo tempo. Ela só conseguiu isso, por que também, ela era tudo ao mesmo tempo dentro de uma só pessoa.  Mas como diz a letra da Legião que catapultou sua carreira:

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar...
Que tudo era pra sempre,
Sem saber, que o 'pra sempre',
Sempre acaba ... (Por Enquanto)

Não acabou, Cássia Vive.



Cassia Eller(2014)
Direção: Paulo Henrique Fontenelle
http://www.imdb.com/title/tt4324700/

Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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