Eu Sou a Lenda
Um terrível vírus incurável, criado pelo homem, dizimou a população mundial. Robert Neville (Will Smith) é um cientista brilhante que, sem saber como, tornou-se imune ao vírus. Há 3 anos ele percorre pela manhã a cidade de Nova York enviando mensagens de rádio, na esperança de encontrar algum sobrevivente. Pela noite, ele se esconde, pois não está sozinho.
Sinopses como esta são quase sempre traiçoeiras. Cinéfilos experientes percebem rápido quando Hollywood confecciona porcarias embaladas sob boas campanhas de marketing. Eu Sou A Lenda tinha todos os indícios de a “bobagem do ano”, mas para feliz surpresa, é um filme bem feito, que entrete e ainda possui boas cenas. Dirigido por Francis Lawrence (Constantine), o longa é a terceira adaptação para o cinema do romance, de Richard Matheson. Os filmes anteriores foram Mortos que Matam (1964) e A Última Esperança da Terra (1971). [fonte: Cinema em Cena]
O fim apocalíptico do mundo sob um iminente vírus é um tema recorrente nos longas de ficção científica. Tema tão clichê que até Steve Segal (Guerra Biológica) e Jean-Claude Van Damme (Agente Biológico) já salvaram o mundo. Embora tenha alguns problemas, Eu Sou A Lenda é um dos mais agradáveis e divertidos filmes sobre o tema. A explicação é simples: a estória em si é dramatizada dentro de um thrilher de terror. A trama batida e quase sempre previsível é bem adereçada com efeitos especiais e bons sustos [proporcionado pelos excelentes efeitos sonoros}.
O longa conta com a presença sempre carismática de Will Smith, que com pouco tempo em tela cativa o espectador junto com sua companheira, Sam. Há algumas idéias brilhantes no filme, que através da interpretação de Smith elevam Eu Sou a Lenda a um grau maior do que um simples filme de entretenimento. Há dois momentos marcantes: a cena em que Robert conversa com manequins para amenizar a solidão e a que ele precisa sacrificar a única lembrança que o restou da família. Esta última, corta o coração e demonstra claramente o quanto estamos identificados com o drama do protagonista.
Entretanto, como de praxe nos blockbusters hollywoodianos, há falhas, algumas imperdoáveis. A melhor idéia do roteiro, a retribuição dos monstros à armadilha criada por Robert, não é desenvolvida no fluxo da estória. Tal iniciativa dos monstros mostra claramente que o princípio de organização, raciocínio e vínculo afetivo [ele foi a forra por causa da mulher] foi mantido nos seres infectados, preservando assim certo grau de humanização, o que contraria o conceito proposto por Robert. A resolução final da trama surge meio que as pressas sem dar tempo para o espectador compreende-la adequadamente. Ok, foi o sangue, mas a monstra [feminino mesmo] não tinha piorado de novo?
Somada a essas lacunas fica a óbvia comparação com a bilogia Extermínio, filme referência sobre o tema, que coincidentemente ou não, se ambienta sob um thrillher de terror. Em Eu Sou a Lenda, os humanos infectados [os monstros] são criados em CGI [computação gráfica] o que os torna visualmente ricos, em contrapartida menos verossímil. O grande segredo de Extermínio é o uso de atores na composição dos morto-vivos. Até no excelente Abismo do Medo, os seres monstruosos, mesmo carregados de maquiagem e efeitos, tem por baixo, atores. Os monstros de Eu Sou A Lenda mostram-se menos aterrorizantes do que poderiam ser. A dica é simples: se é possível casar atuação humana com CGI faça-o, vide Gollum, interpretado por Andy Serkis, na Trilogia O Senhor dos Anéis.
Mesmo diante dos escorregões Eu Sou A Lenda é um bom filme que vale o estourar das pipocas, mas saliento, muito em virtude do carisma de Smith. Ao final, a brasilerinha Alice Braga (Cidade de Deus, Cidade Baixa) dá o ar da graça em um papel pequeno, mas fundamental para a resolução da trama. Já se estuda uma continuação para o longa [as comparações com Extermínio são mais do que óbvias] e agora resta saber como, já que... [Censurado por contar o final] – Clonagem Humana?
Eu Sou a Lenda (I Am Legend - 2007)
Direção: Francis Lawrence
Elenco: Will Smith, Alice Braga, Salli Richardson, Charlie Tahan.
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
Sinopses como esta são quase sempre traiçoeiras. Cinéfilos experientes percebem rápido quando Hollywood confecciona porcarias embaladas sob boas campanhas de marketing. Eu Sou A Lenda tinha todos os indícios de a “bobagem do ano”, mas para feliz surpresa, é um filme bem feito, que entrete e ainda possui boas cenas. Dirigido por Francis Lawrence (Constantine), o longa é a terceira adaptação para o cinema do romance, de Richard Matheson. Os filmes anteriores foram Mortos que Matam (1964) e A Última Esperança da Terra (1971). [fonte: Cinema em Cena]
O fim apocalíptico do mundo sob um iminente vírus é um tema recorrente nos longas de ficção científica. Tema tão clichê que até Steve Segal (Guerra Biológica) e Jean-Claude Van Damme (Agente Biológico) já salvaram o mundo. Embora tenha alguns problemas, Eu Sou A Lenda é um dos mais agradáveis e divertidos filmes sobre o tema. A explicação é simples: a estória em si é dramatizada dentro de um thrilher de terror. A trama batida e quase sempre previsível é bem adereçada com efeitos especiais e bons sustos [proporcionado pelos excelentes efeitos sonoros}.
O longa conta com a presença sempre carismática de Will Smith, que com pouco tempo em tela cativa o espectador junto com sua companheira, Sam. Há algumas idéias brilhantes no filme, que através da interpretação de Smith elevam Eu Sou a Lenda a um grau maior do que um simples filme de entretenimento. Há dois momentos marcantes: a cena em que Robert conversa com manequins para amenizar a solidão e a que ele precisa sacrificar a única lembrança que o restou da família. Esta última, corta o coração e demonstra claramente o quanto estamos identificados com o drama do protagonista.
Entretanto, como de praxe nos blockbusters hollywoodianos, há falhas, algumas imperdoáveis. A melhor idéia do roteiro, a retribuição dos monstros à armadilha criada por Robert, não é desenvolvida no fluxo da estória. Tal iniciativa dos monstros mostra claramente que o princípio de organização, raciocínio e vínculo afetivo [ele foi a forra por causa da mulher] foi mantido nos seres infectados, preservando assim certo grau de humanização, o que contraria o conceito proposto por Robert. A resolução final da trama surge meio que as pressas sem dar tempo para o espectador compreende-la adequadamente. Ok, foi o sangue, mas a monstra [feminino mesmo] não tinha piorado de novo?
Somada a essas lacunas fica a óbvia comparação com a bilogia Extermínio, filme referência sobre o tema, que coincidentemente ou não, se ambienta sob um thrillher de terror. Em Eu Sou a Lenda, os humanos infectados [os monstros] são criados em CGI [computação gráfica] o que os torna visualmente ricos, em contrapartida menos verossímil. O grande segredo de Extermínio é o uso de atores na composição dos morto-vivos. Até no excelente Abismo do Medo, os seres monstruosos, mesmo carregados de maquiagem e efeitos, tem por baixo, atores. Os monstros de Eu Sou A Lenda mostram-se menos aterrorizantes do que poderiam ser. A dica é simples: se é possível casar atuação humana com CGI faça-o, vide Gollum, interpretado por Andy Serkis, na Trilogia O Senhor dos Anéis.
Mesmo diante dos escorregões Eu Sou A Lenda é um bom filme que vale o estourar das pipocas, mas saliento, muito em virtude do carisma de Smith. Ao final, a brasilerinha Alice Braga (Cidade de Deus, Cidade Baixa) dá o ar da graça em um papel pequeno, mas fundamental para a resolução da trama. Já se estuda uma continuação para o longa [as comparações com Extermínio são mais do que óbvias] e agora resta saber como, já que... [Censurado por contar o final] – Clonagem Humana?
Eu Sou a Lenda (I Am Legend - 2007)
Direção: Francis Lawrence
Elenco: Will Smith, Alice Braga, Salli Richardson, Charlie Tahan.
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
Esperava mais desse filme, apesar de achar de Will dá o ar da graça e Alice faz um importante papel, pequeno, mas importante.
ResponderExcluirAbraço.