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Séptimo

Imagine-se dar um beijo nos seus filhos, ou em alguém que você ame, e em uma brincadeira casual apostar uma corrida: vamos ver quem desce primeiro do prédio? Eu, pelo elevador, e você pela escadas. Eu chego ao hall de entrada do prédio e nada das crianças. Pergunto ao porteiro, e nada. Subo e desço as escadas, e nada. Não quero acreditar, mas meus filhos desapareceram enquanto desciam a escadaria. Com esse estonteante conceito, Séptimo, começa com um suspense muito bem orquestrado e com boas pitadas de angústia. Pena que o desfecho não tem o mesmo primor da ideia inicial.

É óbvio que só a presença de Ricardo Darín já vale conferir o longa, que aqui não soa tão exuberante como em seus filmes anteriores (Elefante Branco). Contudo, a personagem interpretado por ele, o pai à procura dos filhos, é a força motriz da narrativa, na qual ele executa com eficiência.

Torci muito para que o diretor e o roteiro mantivesse todo o enredo situado apenas dentro do prédio. Seria ousado, inteligente e mostraria que é possível fazer um ótimo filme com um número bem reduzido de locações (ecos de Cães de Aluguel), no caso, apenas um prédio. Quando a trama deixa o prédio, o filme começa a cair. A conclusão é um blefe um tanto previsível que não causa tanto impacto como o roteirista imaginava. Séptimo é um bom filme, que tem um suspense que funciona e que mantém o espectador entretido por seus 88 minutos de duração. Isso pode parecer simples e óbvio, mas não é.



Séptimo (2013)
Direção: Patxi Amezcua
http://www.imdb.com/title/tt2403961/

Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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