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Sully: O Herói do Rio Hudson


Que Sully é um herói, nem era preciso deixar tão óbvio no título em português. Mas era preciso deixar registrado esse pedido de obrigado a um piloto de avião que teve alguns poucos segundos para tomar uma decisão e salvar 155 vidas. Clint Eastwood realiza aqui o seu mais elegante trabalho como diretor e consegue, sem ser piegas, transformar um filme em uma carta de agradecimento.


Se apenas relatasse os míseros seis minutos do voo que partiu do aeroporto LaGuardia, em Nova York, e pousou no Rio Hudson, já teríamos uma ótima história. Mas Eastwood vai fundo e mostra algo surreal: alguns questionaram a ação salvadora de Sully e co-piloto, Jeff Skiles (Aaron Eckhart), pois de acordo com simulações de computador, era possível que o avião retornasse ao aeroporto e fizesse um pouso emergencial, mas em segurança. Esse absurdo é explorado com delicadeza pelo roteiro e, com o talento peculiar de Tom Hanks, acompanhamos com apreensão e torcida o drama vivido por Sully.

O que me deixou mais indignado é que Sully sofreu muito mais com as dúvidas e incertezas ao longo da investigação, do que nos poucos minutos que mudaram para sempre a vida dessas 155 pessoas. O nome dele é Chesley Sullenberger e todos devem saber quem foi Sully.

Ps.: perceba a elegância de Eastwood ao citar o medo do 11 de setembro ainda encrustado na sociedade americana. 



Sully: O Herói do Rio Hudson (2016)
Direção: Clint Eastwood
http://www.imdb.com/title/tt3263904/

  Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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