King Kong
Os efeitos digitais do filme são deslumbrantes. Imagino o trabalho envolvido para se chegar à perfeição até mesmo dos pêlos de Kong. Todas as criaturas que habitam a Ilha da Caveira, assim como a paisagem do local, têm aparência incrivelmente real e conseguem transmitir medo e tensão ao espectador. As fortes emoções não se dão apenas pelos terríveis predadores, mas por um roteiro bem escrito e pela direção talentosa de Peter Jackson. O primeiro ato do filme, quando os personagens ainda se encontram
É impressionante a capacidade do filme de gerar, no espectador, identificação e empatia com um gorila de
King Kong traz para a tela a figura do diretor lunático, ambicioso além dos limites e capaz de tudo para conseguir realizar o filme da maneira que o idealiza. Carl Denham (Jack Black) chega ao ponto de mentir, roubar, levando vários membros de sua equipe à morte para conseguir filmar na locação que deseja – a Ilha da Caveira. O interessante é que se ele não fosse assim, o filme simplesmente não aconteceria. Ou seria apenas mais um, nada memorável. Muitas vezes, são exatamente as características ambiciosas, a total devoção a uma idéia e a própria loucura que tornam um filme grandioso possível. Obviamente, isso não é justificativa para falta de caráter. Jack Black encarna o cineasta inescrupuloso com bastante convicção. Contudo, o filme exagera na quantidade de planos aproximados do ator sempre com uma expressão vidrada e maníaca.
Naomi Watts, sempre bonita e competente, representa a sofrida Ann Darrow com imensos e brilhantes olhos tristes. Kyle Chandler, como o galã Bruce Baxton, acerta no tom cômico de seu personagem. O restante do elenco também conta com boas atuações.
Apesar de conter boas doses de ação e suspense, King Kong torna-se um pouco cansativo devido à sua extensão de 188 minutos. Há vários momentos emocionantes, de aventura à romance, mas tendo como base uma premissa altamente fantasiosa. Cabe ao espectador aceitar ou não o absurdo do que está assistindo. Se aceitar, tanto melhor, pois embarcará numa fantástica diversão. Se não, passará boa parte do filme contrariado, tentando engolir cenas como a da brincadeira entre Kong e Ann no lago congelado e procurando entender que diabo se passa na cabeça dessa mulher. A dica é abstrair o fato de que ele é um macaco gigante, pensar na história de A Bela e a Fera e tentar imaginar o filme como uma grande metáfora - bastante exagerada, devo dizer. Ou então aproveitá-lo sem pensar nada disso, pois o resultado final é um ótimo filme de entretenimento.
Diretor: Peter Jackson
Elenco: Naomi Watts, Jack Black, Adrien Brody.
Mariana Souto - souto_mariana@yahoo.com.br
concordo que para aproveitar o filme é preciso se envolver pe,o mesmo, aceitar o fato de um romance entre um macaco e uma pessoa, se isso naum for aceito realmente naum há como gostar do filme.
ResponderExcluirCom isso o conceito do filme se torna pessoal, cada um aacha uma coisa, eu daria 5 estrelas, mas como voce naum entrou nesse clima naumk há como critivcar as tres estrelas dada ao filme
De qq maneira é um filme que vale a pena assistir, as expressões humanas de king Kong são de espantar
Ah, e feliz natal mariana. E um prospero ano ano novo, e que continue fazendo otimas criticas no ano que vem
Feliz Natal a todos!
ResponderExcluirMarcos
Feliz Natal! Muito sucesso, saúde e cinema em 2006!
ResponderExcluirConcordo com o Arthur... Eu adorei o filme, de verdade, tb acho que merece 5 estrelas. Mas isso porque eu embarquei no romance do Kong com a mocinha. Oras, se dá para acreditar no romance entre a Bela e a Fera, porque nao acreditar nesse tambem?
ResponderExcluirMas para mim a relação entre os dois nao é exatamente um romance. Há amor, sim, mas um amor puro, ingênuo, carinhoso. Uma admiração mútua, acredito. É claro que nao dá para comparar com o relacionamento dela com o escritor, ou com qualquer outro homem. Ela nao "troca" o escritor pelo gorila... O amor é diferente, e por isso eu acho possível acreditar no que estamos vendo.
Tem um outro detalhe também: eu já vi partes do King Kong original, portanto, já sabia da relação entre a mocinha e o gorila. Talvez por isso eu já estivesse preparada e predisposta a aceitá-la.
No mais, concordo com as suas outras observações, Mariana. Também achei exagerada a ênfase nas expressões maníacas do diretor. E os efeitos são sensacionais...
Agora podemos combinar uma sessão com as outras versões do filme, o que acha? Estou querendo mesmo ver.
eu vo da um tiro nas suas kbças
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