O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Confesso que, apesar de um fã incondicional da saga O Senhor dos Anéis e toda a literatura de Tolkien, tinha muito receio quanto a gigantesca produção que vai transformar O Hobbit em uma trilogia. Meu cérebro continua se perguntando: como Peter Jackson vai transformar aquele livro tão mais simples, se comparado a trilogia O Senhor dos Anéis, em algo que vá render três filmes? Na primeira parte da resposta, o diretor conseguiu me convencer com o divertido e simpático O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. Longe da força narrativa e do impacto emocional dos filmes da trilogia do Anel, esse primeiro filme das aventuras de Bilbo Baggins fez-me sorrir ao fim da sessão.
Nos longos 169 minutos de projeção o roteiro se atém a muitos detalhes do livro, que poderiam muito bem ficar fora da adaptação cinematográfica. Isso pode soar chato e cansativo para alguns espectadores, para os tolkianos (fãs da literatura de Tolkien) o filme soa como um pedido de desculpas de Peter Jackson, que teve que fazer muitos cortes na história da trilogia do Anel. Jackson dá um tom mais lento e burocrático no começo da trama com a chegada de Gandalf e os anões à casa de Bilbo, o que deve consumir quase uma hora do filme. Depois disso o longa ganha um bom ritmo, permeado de boas sequências de ação em que destaque-se os excepcionais efeitos visuais produzidos pela trupe da Weta Digital.
Claro que o destaque novamente é para Gollum (Sméagol) que ganhou um upgrade nos efeitos visuais, deixando suas expressões faciais ainda mais humanizadas, o que leva o espectador a esquecer que aquele ser é um efeito de computador sendo interpretado por um ator, aliás, quê ator. Reverências a Andy Serkis, que pode nunca receber um Oscar na vida, mas será eternizado na história do cinema por esse trabalho ao dar vida a Gollum.
Gostei muito da dinâmica entre a desconfiança e epifania de Thorin Escudo de Carvalho a respeito de Bilbo. Não chega a ter a carga emotiva da morte de Boromir, ao reconhecer Aragorn como seu rei, mas reconheço como um belo esforço do roteiro para criar uma proximidade entre o espectador e a aventura de Bilbo.
A primeira parte da resposta dada por Peter Jackson foi satisfatória, mas ainda resta dois terços da resposta. Ainda há um pouco de desconfiança, mas me sinto mais encorajado a acreditar que Peter "do Condado" Jackson vai acertar a direção e dar ao cinema um filme de aventura como nos velhos tempos, ao estilo Os Goonies. Isso sim é positivismo.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)
Direção: Peter Jackson
http://www.imdb.com/title/tt0903624/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com -
Nos longos 169 minutos de projeção o roteiro se atém a muitos detalhes do livro, que poderiam muito bem ficar fora da adaptação cinematográfica. Isso pode soar chato e cansativo para alguns espectadores, para os tolkianos (fãs da literatura de Tolkien) o filme soa como um pedido de desculpas de Peter Jackson, que teve que fazer muitos cortes na história da trilogia do Anel. Jackson dá um tom mais lento e burocrático no começo da trama com a chegada de Gandalf e os anões à casa de Bilbo, o que deve consumir quase uma hora do filme. Depois disso o longa ganha um bom ritmo, permeado de boas sequências de ação em que destaque-se os excepcionais efeitos visuais produzidos pela trupe da Weta Digital.
Claro que o destaque novamente é para Gollum (Sméagol) que ganhou um upgrade nos efeitos visuais, deixando suas expressões faciais ainda mais humanizadas, o que leva o espectador a esquecer que aquele ser é um efeito de computador sendo interpretado por um ator, aliás, quê ator. Reverências a Andy Serkis, que pode nunca receber um Oscar na vida, mas será eternizado na história do cinema por esse trabalho ao dar vida a Gollum.
Gostei muito da dinâmica entre a desconfiança e epifania de Thorin Escudo de Carvalho a respeito de Bilbo. Não chega a ter a carga emotiva da morte de Boromir, ao reconhecer Aragorn como seu rei, mas reconheço como um belo esforço do roteiro para criar uma proximidade entre o espectador e a aventura de Bilbo.
A primeira parte da resposta dada por Peter Jackson foi satisfatória, mas ainda resta dois terços da resposta. Ainda há um pouco de desconfiança, mas me sinto mais encorajado a acreditar que Peter "do Condado" Jackson vai acertar a direção e dar ao cinema um filme de aventura como nos velhos tempos, ao estilo Os Goonies. Isso sim é positivismo.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)
Direção: Peter Jackson
http://www.imdb.com/title/tt0903624/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com -
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