Ex-Machina: Instinto Artificial
Havia alguma expectativa com esse filme de estreia do diretor Alex Garland, que foi roteirista do extraordinário e original Extermínio. Ex-Machina: Instinto Artificial é um filme rico de conceitos, estimula boas discussões, além de ser visualmente arrojado. Mas falta alguma coisa. Primeiramente temos dois dos mais bem quistos atores em ascensão da atualidade: Domhnall Gleeson e Oscar Isaac. Com dois bons atores desse naipe e uma história instigante o longa trilhava o caminho para figurar entre as grandes obras do gênero, quem sabe sentando ao lado de Blade Runner. Contudo, a conclusão do filme é tão arrojada e estranha que pode espantar os espectadores. Para mim a ousadia tropeçou um pouco na pretensão e Ex-Machina: Instinto Artificial soou mais artificial do que deveria.
Há uma riqueza narrativa, apesar de muito complexa, com Ava, a androide, mostrando-se semelhante ao seu criador, assim como nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Portanto, Deus nos fez e nós fizemos Ava. Pressupõe-se então que nós três somos iguais, inclusive nas falhas morais. Vixe, aí azedou. Os religiosos ortodoxos farão campanha contra o filme (tsc tsc). Ainda que o filme tenha esse nível de debate e a estranheza do final casa-se com o conceito de Deus Ex Machina, que é citado no título do longa, acho que é muita pretensão do diretor Alex Garland tentar uma de Kubrick logo no seu filme de estréia. O filme é bom, mas nem tudo funciona.
Ps.: o momento primoroso do filme é a citação velada ao Google e a maneira como nossas vidas, nossa personalidade, nossa história está sendo catalogada pela tecnologia, sobretudo a internet. O tipo de mulher que me atrai pode ser extraída do histórico do conteúdo pornográfico que eu acesso. Eles sabem tudo que você gosta e compra e saberão de tudo que um dia você vai ou não gostar. Um bom tema para debater na mesa do bar, não acha? Se você está lendo essa resenha eles sabem que você, assim como eu, aprecia filmes de ficção científica.
Ex-Machina: Instinto Artificial (2015)
Direção: Alex Garland
http://www.imdb.com/title/tt0470752/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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Há uma riqueza narrativa, apesar de muito complexa, com Ava, a androide, mostrando-se semelhante ao seu criador, assim como nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Portanto, Deus nos fez e nós fizemos Ava. Pressupõe-se então que nós três somos iguais, inclusive nas falhas morais. Vixe, aí azedou. Os religiosos ortodoxos farão campanha contra o filme (tsc tsc). Ainda que o filme tenha esse nível de debate e a estranheza do final casa-se com o conceito de Deus Ex Machina, que é citado no título do longa, acho que é muita pretensão do diretor Alex Garland tentar uma de Kubrick logo no seu filme de estréia. O filme é bom, mas nem tudo funciona.
Ps.: o momento primoroso do filme é a citação velada ao Google e a maneira como nossas vidas, nossa personalidade, nossa história está sendo catalogada pela tecnologia, sobretudo a internet. O tipo de mulher que me atrai pode ser extraída do histórico do conteúdo pornográfico que eu acesso. Eles sabem tudo que você gosta e compra e saberão de tudo que um dia você vai ou não gostar. Um bom tema para debater na mesa do bar, não acha? Se você está lendo essa resenha eles sabem que você, assim como eu, aprecia filmes de ficção científica.
Ex-Machina: Instinto Artificial (2015)
Direção: Alex Garland
http://www.imdb.com/title/tt0470752/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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